Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira, 2, novas restrições à exportação de chips avançados, visando limitar o acesso da China a tecnologias essenciais para o desenvolvimento de inteligência artificial (IA) e armamentos de ponta. O Departamento de Comércio dos EUA proibiu fabricantes de chips de memória avançada, como os de alta largura de banda, de enviá-los para a China sem autorização prévia. Esse movimento faz parte de uma série de ações do governo Biden para impedir o avanço tecnológico da China em áreas estratégicas.
Os chips afetados por essas restrições são fundamentais para o funcionamento de processadores de IA, usados em sistemas de IA generativos. As empresas mais envolvidas na fabricação desses componentes são SK Hynix e Samsung Electronics, da Coreia do Sul, e Micron Technology, dos Estados Unidos. Além das restrições às exportações, o Departamento de Comércio incluiu 140 empresas chinesas e outras entidades em sua lista de restrições comerciais, o que agrava ainda mais as tensões tecnológicas entre os dois países.
Essas novas regulamentações representam a quarta tentativa em três anos de limitar o acesso da China a semicondutores de ponta. A principal justificativa das autoridades americanas é que essas ações visam impedir o uso de tecnologias essenciais por Pequim no desenvolvimento de capacidades militares e de IA. Embora as novas regras fossem esperadas, seu lançamento foi adiado devido a negociações com aliados dos EUA e fabricantes de equipamentos de chips, o que deu à China tempo para aumentar seus estoques.