Os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia no valor de US$ 725 milhões, com o objetivo de reforçar a defesa do país em sua luta contra a invasão russa. O secretário de Estado, Antony Blinken, detalhou que a assistência incluirá mísseis Stinger, munição para os sistemas HIMARS (Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade), drones e minas terrestres. A decisão ocorre enquanto o presidente Joe Biden busca fortalecer o governo ucraniano antes de deixar o cargo em janeiro de 2025.
Este pacote de armas faz parte da estratégia dos Estados Unidos, que, junto com mais de 50 países aliados, se comprometeram a fornecer os recursos necessários para ajudar a Ucrânia a se defender contra a agressão russa. A medida também representa um aumento significativo no uso da Autoridade de Retirada Presidencial (PDA), que permite que os EUA utilizem seus estoques de armas para apoiar aliados em situações de emergência. Historicamente, os pacotes de PDA eram menores, mas a atual estimativa de Biden é de que até US$ 5 bilhões em recursos serão alocados para a Ucrânia antes da posse de um novo governo.
Entre os itens enviados, as minas terrestres têm gerado controvérsias, pois seu uso é proibido em mais de 160 países devido aos riscos para civis. No entanto, a Ucrânia tem solicitado esse tipo de armamento desde o início da invasão russa em 2022. As minas fornecidas, no entanto, são não persistentes, o que significa que possuem um mecanismo de auto-destruição que impede que permaneçam no solo por longos períodos, minimizando os riscos para a população civil após o conflito.