Os estudantes sírios retornaram às aulas no domingo (15), com a reabertura das escolas sendo vista como um sinal de normalização, uma semana após a derrubada do governo de Bashar al-Assad. A medida reflete a tentativa de reconstrução do país, devastado por mais de 13 anos de guerra civil, que resultaram em milhares de mortes, cidades destruídas e uma economia fragilizada por sanções internacionais. Embora a maioria das escolas tenha aberto suas portas, a incerteza sobre a estabilidade política fez com que alguns pais optassem por não enviar seus filhos.
Em Damasco, alunos comemoraram o retorno às aulas em uma escola secundária, onde a nova bandeira foi hasteada em uma cerimônia simples. O secretário da escola afirmou que a instituição estava pronta para receber os estudantes com as condições adequadas para garantir a segurança de todos. Um dos estudantes expressou alívio pelo fim do medo constante de ser convocado para o serviço militar, sentimento que reflete a esperança de uma nova fase no país.
A situação política da Síria continua instável, com a liderança do novo governo sendo desafiada pela complexidade das relações internacionais. Apesar da queda de Assad, que contava com o apoio de potências como Irã e Rússia, as potências estrangeiras, incluindo os Estados Unidos e países árabes, estão debatendo como lidar com o novo cenário. A ONU espera que as sanções contra o país sejam suspensas para apoiar a recuperação econômica e a reconstrução, enquanto as autoridades sírias tentam consolidar seu poder e iniciar o processo de reconstrução nacional.