Em março de 2023, um erro de comunicação em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ribeirão Preto resultou na falsa declaração de óbito de um paciente, causando grandes transtornos à sua família. O paciente, que havia sido medicado e liberado pela UPA, foi confundido com outra pessoa de nome similar que falecera no mesmo dia. A família, informada da morte, preparou um velório, até descobrir, de maneira dramática, que ele estava vivo e em outro local. Esse equívoco gerou graves consequências, incluindo a perda de benefícios sociais e a impossibilidade de acessar serviços de saúde.
Após o erro, a prefeitura de Ribeirão Preto foi processada por danos morais e condenada a pagar R$ 320 mil em indenização à vítima e seus familiares. A decisão judicial foi baseada no impacto emocional e nas dificuldades vividas pelo paciente e seus entes queridos, que passaram por um período de incerteza e desespero. A administração municipal, por sua vez, afirmou que a confusão decorreu de semelhança nos sobrenomes dos pacientes, mas a defesa argumentou que o erro de comunicação causou danos irreparáveis.
Além das implicações legais, o paciente passou por dificuldades econômicas após o cancelamento de seus benefícios sociais, chegando a enfrentar dificuldades para sobreviver. A situação gerou uma ampla repercussão, com outras famílias relatando erros semelhantes em estabelecimentos de saúde da região, o que levou ao aumento das discussões sobre a qualidade dos serviços e a importância de uma comunicação eficaz no atendimento de saúde. A Fundação Hospital Santa Lydia, que gerencia a UPA, informou que recorrerá da decisão judicial.