A guerra civil síria, que começou em 2011, envolve uma coalizão complexa de grupos rebeldes, cada um com diferentes ideologias e objetivos. O Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um dos principais grupos, foi fundado por um ex-comandante da Al-Qaeda e, apesar de tentar se distanciar desta organização, é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e outros países ocidentais. Além disso, o Exército Nacional Sírio (SNA), que reúne diversos grupos apoiados pela Turquia, busca derrubar o regime de Bashar al-Assad e estabelecer um Estado islâmico sob a lei Sharia.
Além desses grupos, as Forças Democráticas Sírias (FDS), compostas principalmente por combatentes curdos, também desempenham um papel importante no conflito. Elas são vistas como uma ameaça pela Turquia devido ao seu vínculo com o YPG, que Ankara considera uma organização terrorista. A luta no norte da Síria, como em Tal Rifaat, é marcada por confrontos entre esses combatentes curdos e as forças apoiadas pela Turquia, enquanto no sul, grupos de minorias religiosas, como os drusos, também se envolvem nos combates.
A intervenção de potências externas, como a Rússia e os Estados Unidos, agravou ainda mais o conflito. A Rússia apoia o regime de Assad, enquanto os EUA lideram uma coalizão para combater o Estado Islâmico. A guerra síria, que já matou mais de 300 mil civis e causou o deslocamento de milhões, é uma das mais complexas do século XXI, com múltiplos interesses regionais e internacionais em jogo. O conflito continua em grande parte adormecido, mas com enfrentamentos esporádicos que perpetuam a instabilidade política e humanitária.