O ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em Jundiaí (SP) tem uma história marcada pela dedicação de Germano Gonçalves, que, após estudar Libras no Instituto Nacional de Surdos, fundou a Associação Clube dos Surdos na cidade. Seu legado continua com o filho, Luciano Gonçalves, que tem dado continuidade ao trabalho, atendendo centenas de surdos na região. Além disso, a cidade conta com instituições como a Ateal, que há 40 anos realiza um trabalho multidisciplinar, oferecendo apoio a surdos de todas as idades, desde bebês até idosos, e promovendo a integração de crianças surdas com a sociedade.
A abordagem do ensino de Libras é fundamentalmente bilíngue, com a língua de sinais sendo a primeira língua dos surdos e o português, ensinado de forma escrita, como segunda língua. A legislação brasileira garante o direito ao ensino de Libras nas escolas, e a cidade de Jundiaí tem implementado um atendimento individualizado para alunos surdos, considerando suas necessidades específicas, seja em relação a aparelhos auditivos, implantes ou metodologias de ensino. A inclusão é reforçada por iniciativas que buscam melhorar a comunicação e acessibilidade, como o desenvolvimento de sinais específicos para espécies de plantas na Serra do Japi.
O ensino de Libras nas escolas municipais de Jundiaí tem se tornado uma prática cada vez mais comum, como exemplificado pela Escola de Luis Felipe Santos Silva, onde as crianças aprendem a língua de sinais duas vezes por semana. A intérprete Nataniele da Silva, responsável pelo acompanhamento de um dos alunos, destaca que a aprendizagem de Libras desde a infância é essencial para promover a inclusão e a acessibilidade. Esse movimento busca não apenas atender às necessidades dos surdos, mas também promover uma cultura de comunicação acessível a todos, incentivando o aprendizado de Libras por crianças ouvintes também.