A partir de terça-feira (10), 4,5 mil detentos da região de Bauru, SP, começaram a realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), com a continuidade na quarta-feira (11). Este exame tem o mesmo nível de dificuldade do Enem regular e é uma oportunidade para que os reeducandos possam acessar o ensino superior por meio de programas como o Sisu, Prouni e Fies. Em todo o estado de São Paulo, 21.962 internos de 172 unidades prisionais estão inscritos no exame, número que apresentou um aumento discreto em relação ao ano anterior.
Na região de Bauru, as provas são aplicadas dentro das próprias unidades prisionais, com um total de 180 questões distribuídas entre ciências humanas, linguagens, matemática, ciências da natureza e redação. O processo tem o objetivo de contribuir para a ressocialização dos detentos, com a educação sendo uma ferramenta importante para reescrever histórias e criar novas perspectivas de reintegração social. Além disso, a participação no Enem PPL pode beneficiar os internos com remição de pena, como recompensa pelo esforço nos estudos durante o cumprimento de suas sentenças.
O Enem PPL também oferece aos reeducandos a possibilidade de realizar seus sonhos acadêmicos e profissionais. Entre os participantes, muitos enxergam no exame uma chance de transformar suas vidas e seguir novas carreiras, seja na área de Veterinária, Administração de Empresas ou outras áreas. O exame, portanto, se apresenta não apenas como uma avaliação, mas como uma porta aberta para um futuro de oportunidades e para a reintegração social dos internos.