O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro recuou de 48,0% em setembro para 47,9% em outubro, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Apesar da queda, o indicador ainda permanece próximo ao recorde histórico de 49,9%, alcançado em julho de 2022. Quando excluídas as dívidas imobiliárias, o endividamento também apresentou retração, de 30,0% para 29,9% no mesmo período.
O programa Desenrola, encerrado em maio, foi responsável pela renegociação de R$ 53,07 bilhões em dívidas, equivalente a 0,5% do PIB. De acordo com o Ministério da Fazenda, a iniciativa resultou em uma queda de 8,7% na inadimplência da população de baixa renda, público prioritário da ação. Entre os 15,06 milhões de beneficiados, 5 milhões eram desse grupo, renegociando juntos R$ 25,43 bilhões em débitos.
Além disso, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional também caiu, passando de 26,4% em setembro para 26,3% em outubro. Excluindo-se os empréstimos imobiliários, o índice variou de 24,3% para 24,1%. Os dados refletem uma leve melhora na capacidade de pagamento das famílias, mesmo em um cenário de alto endividamento.