As encomendas de bens de capital manufaturados nos Estados Unidos registraram um aumento em novembro, impulsionadas pela forte demanda por maquinário, o que reflete sinais de uma economia sólida no final do ano. O Departamento de Comércio dos EUA informou que, além do crescimento nas encomendas, as remessas desses bens também subiram pelo segundo mês consecutivo, evidenciando a continuidade do crescimento econômico em meio a dados favoráveis de gastos dos consumidores. Esse desempenho positivo foi interpretado como um reflexo da resiliência da economia, o que levou o Federal Reserve a ajustar suas previsões, apontando para menos cortes na taxa de juros em 2025.
O aumento nas encomendas de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, foi de 0,7% em novembro, após uma leve queda de 0,1% no mês anterior. Esse indicador, que acompanha os planos de investimento das empresas, superou as expectativas dos economistas, que previam um crescimento mais modesto. Além disso, as remessas desses bens cresceram 0,5% em novembro, continuando a tendência de recuperação observada desde o mês de outubro. A recuperação nesse setor reflete também a diminuição da incerteza política nos Estados Unidos, especialmente após a realização das eleições.
Apesar de um ciclo de aperto monetário iniciado pelo Federal Reserve nos últimos anos para combater a inflação, o investimento empresarial se manteve robusto. A decisão recente do Fed de reduzir a taxa de juros em 25 pontos-base, para a faixa de 4,25% a 4,50%, e as previsões de cortes moderados em 2025 indicam que a economia americana segue se ajustando com resiliência, apesar dos desafios. Esse cenário de crescimento econômico é acompanhado de perto por analistas, que projetam um fortalecimento gradual dos gastos empresariais com equipamentos no próximo ano.