As empresas de transporte rodoviário de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, estão enfrentando dificuldades financeiras e manifestaram insegurança quanto ao pagamento da segunda parcela do 13º salário dos trabalhadores. A situação foi comunicada em uma nota emitida pelo Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro), que mencionou problemas no fluxo de caixa devido a investimentos em frota, além do atraso no pagamento de subsídios como o vale-educação desde setembro. Esse cenário resultou em um déficit nas tarifas e deixou em aberto a possibilidade de não pagamento da segunda parcela do 13º salário e do adiantamento que deveria ocorrer em 20 de dezembro.
O Sindicato dos Rodoviários se posicionou em defesa dos trabalhadores, destacando que os atrasos não podem afetar os direitos trabalhistas, especialmente o pagamento em dia. A categoria, segundo o sindicato, tem cumprido suas responsabilidades e exige que as empresas e as autoridades garantam o cumprimento dos compromissos. A Prefeitura de Petrópolis, por sua vez, reconheceu suas próprias dificuldades financeiras, relacionadas à queda na arrecadação do ICMS, e afirmou que está trabalhando para resolver as questões que impactam os serviços essenciais, incluindo o transporte público.
Para evitar uma possível paralisação dos rodoviários, as empresas de ônibus recorreram a um empréstimo com o objetivo de garantir o pagamento da folha salarial de dezembro. Esse recurso, que inicialmente seria destinado ao 13º salário, foi utilizado para assegurar os vencimentos dos trabalhadores. Em uma reunião entre representantes das empresas, do sindicato e da prefeitura, foi acordado que o crédito seria usado para evitar interrupções no serviço. No mês anterior, a falta de pagamento de salários já havia levado a uma paralisação de quase dez horas em algumas áreas de Petrópolis, o que gerou transtornos à população.