Um estudo recente do Laboratório do Clima apontou que as emissões de gases de efeito estufa na região de Piracicaba cresceram 2,2% entre 2022 e 2023, passando de 3,56 milhões para 3,64 milhões de toneladas de CO2 equivalente (tCO2e). O setor de transporte rodoviário foi o principal responsável por esse aumento, com 45,44% das emissões, especialmente devido ao uso de veículos a combustão. Especialistas sugerem que a substituição de veículos a combustão por elétricos poderia ser uma solução importante para reduzir essas emissões, embora o cenário no estado de São Paulo ainda não favoreça essa transição, devido a altas taxas tributárias sobre carros elétricos.
No entanto, enquanto a região de Piracicaba apresenta esse aumento nas emissões, a cidade de Piracicaba, maior do que as outras 18 cidades da área de cobertura, registrou uma queda nas emissões de gases de efeito estufa, passando de 1,071 milhão para 1,062 milhão de toneladas. Esse declínio foi impulsionado pela significativa redução do desmatamento na cidade, que caiu 48,4% em comparação com o ano anterior. A diminuição do desmatamento contribui diretamente para a redução das emissões, uma vez que a destruição de áreas verdes é uma das principais fontes de CO2.
O governo estadual de São Paulo tem promovido algumas iniciativas para mitigar os impactos das emissões de gases poluentes, como parte do Plano de Ação Climática do Estado 2050 e do Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática. Entre as medidas está o investimento em hidrogênio de baixo carbono, com um projeto que visa a produção, armazenamento e distribuição desse combustível, além de iniciativas para o desenvolvimento de veículos híbridos movidos a eletricidade e biocombustíveis. No entanto, críticos apontam que a falta de incentivos fiscais para veículos elétricos ainda representa um obstáculo importante para uma transição mais eficaz no estado.