O embaixador do Brasil na Síria, André dos Santos, relatou a difícil experiência de deixar o país durante o auge do conflito. Em um relato detalhado, o diplomata descreveu o momento em que a comitiva brasileira foi abordada por rebeldes ao sair da embaixada, destacando o clima tenso e a destruição generalizada. Embora a situação fosse crítica, com cenas de guerra visíveis ao longo do trajeto, o grupo conseguiu alcançar a segurança no Líbano, onde foi possível respirar aliviado após o confronto breve com os militantes.
A reabertura da embaixada brasileira na Síria, no entanto, depende de uma avaliação contínua do nível de segurança na região, conforme informado pelo Itamaraty. As autoridades brasileiras seguem monitorando a situação e se comprometem a reestabelecer canais de comunicação para atender aos cidadãos brasileiros, especialmente com a resolução de questões pontuais por meio da embaixada em Beirute. A postura do governo reflete uma cautela em relação aos riscos que ainda envolvem o território sírio, mesmo após a saída da missão diplomática.
O incidente, que marcou o final da permanência do Brasil na Síria, também trouxe à tona as dificuldades enfrentadas pelas representações diplomáticas em regiões de alto risco. A destruição da embaixada e os desafios logísticos durante a evacuação são exemplos de como o contexto de guerra impõe limitações severas ao trabalho diplomático, exigindo uma adaptação constante às mudanças da dinâmica regional.