Edy Star é uma figura singular da cena musical brasileira, com uma trajetória marcada por sua energia anárquica e seu estilo indefinido que mistura rock, pop, MPB e cabaré. Aos 86 anos, ele é lembrado como um ícone do rock alternativo, especialmente por sua colaboração no histórico disco “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10”, com Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada. Apesar de sua contribuição significativa para a música brasileira, Edy adota uma postura modesta, frequentemente minimizando sua importância, embora sua carreira continue a ser celebrada, como exemplificado pelo documentário “Antes Que me Esqueçam, Meu Nome é Edy Star”, que retrata sua vida e obra.
Embora tenha se distanciado das atenções nos últimos anos, Edy passou por um processo de redescoberta após seu retorno ao Brasil, em 2009, quando se apresentou na Virada Cultural de São Paulo. Desde então, ele relançou seu álbum de estreia e lançou o segundo disco “Cabaré Star”, quebrando um hiato de 40 anos. Apesar das dificuldades no cenário musical atual, com a diminuição das propostas de shows e uma luta pessoal contra o câncer, Edy permanece ativo e se recusa a se submeter aos moldes tradicionais da indústria. Ele enfatiza a importância de continuar criando, independentemente das limitações ou do reconhecimento tardio.
Aos 86 anos, Edy vê a morte com uma perspectiva tranquila, aceitando-a como parte do ciclo da vida. No entanto, ele ainda valoriza o reconhecimento enquanto está vivo e segue fazendo arte com alegria. Mesmo sem esperar uma grande reviravolta, ele está satisfeito com o que conquistou e continua a produzir novos projetos, como a colaboração com Maria Alcina e a divulgação de seu documentário. Através de sua trajetória, Edy Star se firma como um artista inquieto e autêntico, que nunca deixou de buscar seu lugar ao sol, independentemente das circunstâncias.