Edoardo Bove, meia da Fiorentina, passou por um mal súbito durante uma partida contra a Inter de Milão no dia 1º de dezembro e sofreu uma parada cardíaca. Após receber atendimento médico imediato, o jogador já se encontra consciente e em processo de recuperação. No entanto, a gravidade de seu quadro e a possibilidade de usar um desfibrilador cardíaco interno (ICD) como medida de prevenção levantam questões sobre seu futuro no futebol profissional, especialmente na Itália.
A utilização do ICD é proibida no futebol italiano, o que pode forçar Bove a deixar a Serie A caso opte por esse tratamento. Para continuar jogando, ele teria que transferir-se para um campeonato onde o dispositivo seja permitido, como a Premier League, na Inglaterra. Caso essa alternativa se concretize, sua chance de ser convocado para a seleção italiana também seria reduzida, já que o uso do ICD é um fator restritivo.
O caso de Bove lembra o episódio envolvendo Christian Eriksen, que também passou por uma situação semelhante, mas seguiu sua carreira na Premier League após ser liberado para jogar no Brentford. Bove, que se destacou pela Fiorentina com bons números nesta temporada, tem até o momento pedido mais tempo para decidir sobre a cirurgia necessária, com a possibilidade de utilizar um modelo de ICD semiautomático e removível, que poderia ser aceito pela regulamentação italiana.