A economia dos Estados Unidos registrou um crescimento mais robusto do que o inicialmente previsto no terceiro trimestre de 2024, com o Produto Interno Bruto (PIB) avançando a uma taxa anualizada de 3,1%. O Departamento de Comércio revisou para cima sua estimativa anterior, que indicava um crescimento de 2,8%. A revisão foi impulsionada pelo aumento nos gastos dos consumidores e pelo crescimento das exportações, que superaram a revisão para baixo no investimento em estoques privados e o aumento das importações. Esse desempenho contrasta com as estimativas anteriores, que apontavam para uma desaceleração mais acentuada.
O crescimento da economia no terceiro trimestre veio após uma expansão de 3,0% no período de abril a junho. O ritmo de crescimento continua bem acima da taxa de expansão considerada não inflacionária pelo Federal Reserve, que é de aproximadamente 1,8%. No entanto, o banco central dos EUA fez um terceiro corte consecutivo na taxa de juros, reduzindo-a em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 4,25% a 4,50%. A decisão foi tomada apesar da resistência da economia e da inflação ainda elevada, o que reflete as condições econômicas resilientes, mas também o receio de pressões inflacionárias no futuro.
Os gastos dos consumidores, que são responsáveis por mais de dois terços da atividade econômica nos EUA, cresceram 3,7% no terceiro trimestre, superando as estimativas anteriores. Além disso, a demanda interna excluindo o governo e o comércio aumentou 3,4%, mostrando um ritmo de expansão mais forte do que o esperado. No entanto, os lucros nacionais após impostos registraram uma leve queda de 0,4%, o que pode sinalizar uma desaceleração no lado da renda, enquanto o crescimento da economia medida pela renda foi de 2,1%. Essa combinação de resultados aponta para um panorama econômico robusto, mas com sinais de complexidade e desafios a serem enfrentados no futuro próximo.