O ano de 2024 termina com sinais mistos na economia brasileira. O mercado de trabalho apresentou resultados positivos, com a taxa de desemprego alcançando 6,1% em novembro, o menor índice desde 2012, e o número de empregos formais subindo para um saldo positivo de 2,2 milhões entre janeiro e novembro. O rendimento médio também cresceu, atingindo R$ 3.285, enquanto a taxa de informalidade registrou leve queda, destacando avanços na formalização do trabalho.
Por outro lado, a inflação fechou o ano acima da meta estabelecida, acumulando 4,87% nos últimos 12 meses, impactando diretamente o poder de compra das famílias. A taxa básica de juros, Selic, subiu para 12,25% em resposta à alta do IPCA e às pressões inflacionárias internas e externas, enquanto o dólar encerrou o ano cotado a R$ 6,18, refletindo a desvalorização do real e as preocupações fiscais e internacionais, como a política monetária dos Estados Unidos.
O Produto Interno Bruto (PIB) mostrou crescimento consistente, com alta de 0,9% no terceiro trimestre e 3,1% no acumulado de quatro trimestres, impulsionado principalmente pela indústria e pelos serviços. No entanto, preocupações quanto aos investimentos indicam desafios para sustentar o ritmo de expansão em meio às oscilações globais e internas. O cenário aponta avanços importantes, mas com a necessidade de cautela e estratégias para enfrentar os desafios econômicos de 2025.