A economia brasileira apresentou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, uma desaceleração em relação ao aumento de 1,4% registrado no trimestre anterior. Embora o ritmo tenha diminuído, o crescimento foi robusto quando comparado ao mesmo período de 2023, com uma alta de 4%. No acumulado de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) já registrou um crescimento de 3,1%, o que coloca o Brasil em décimo lugar entre 62 países analisados. A maior parte desse crescimento foi impulsionada pelo desempenho positivo dos setores de indústria e serviços, enquanto a agropecuária enfrentou dificuldades devido à seca.
A expansão do consumo das famílias e o aumento dos investimentos, especialmente em infraestrutura e tecnologia, também contribuíram para o resultado positivo. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de mais investimentos em setores estratégicos como educação, tecnologia e inovação, para garantir um crescimento sustentável a longo prazo. A falta de mão de obra qualificada e a escassez de espaço nas fábricas são desafios que podem limitar a capacidade de expansão das empresas brasileiras, o que exige uma maior integração de políticas públicas e privados para superar esses obstáculos.
Por outro lado, o governo federal aumentou os gastos, mesmo em um contexto fiscal deficitário, e as exportações caíram, enquanto as importações cresceram em ritmo mais modesto. A relação entre investimentos públicos, fiscais e a taxa de juros continua sendo um ponto crucial para sustentar o crescimento econômico sem gerar pressões inflacionárias. Economistas ressaltam que, sem uma gestão fiscal mais equilibrada, será difícil o Brasil alcançar um crescimento mais elevado e sustentável nos próximos anos.