A economia brasileira apresentou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, uma desaceleração em relação ao segundo trimestre, que foi de 1,4%. Contudo, em comparação com o mesmo período de 2023, o aumento foi de 4%. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria, apesar da retração na agropecuária, que enfrentou desafios como a seca. O consumo das famílias seguiu em alta, marcando o 14º trimestre consecutivo de crescimento, mas o aumento da demanda não foi acompanhado por um crescimento proporcional da capacidade produtiva do país.
Embora o PIB tenha apresentado bons resultados, especialistas alertam que o ritmo atual de crescimento pode ser insustentável sem uma melhoria nas condições fiscais. A falta de um plano fiscal consistente pode limitar o crescimento do investimento, que, embora tenha aumentado, ainda é inferior ao de outros países em desenvolvimento. Além disso, a elevada taxa de juros tem pressionado o setor produtivo e dificultado a expansão de setores essenciais como infraestrutura e tecnologia.
O aumento dos investimentos no Brasil foi impulsionado por concessões e privatizações, especialmente em áreas como saneamento e energia elétrica, além do crescente setor de tecnologia. No entanto, o país ainda enfrenta dificuldades em relação à escassez de mão de obra qualificada e à limitação da capacidade de produção. A falta de planejamento estratégico e a necessidade de investimentos mais substanciais em educação e infraestrutura são vistos como obstáculos para um crescimento mais sustentável e duradouro, o que coloca em risco o futuro econômico do Brasil.