A economia brasileira registrou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao segundo, conforme dados divulgados pelo IBGE. Esse desempenho coloca o Brasil em linha com a China, superando economias como a dos Estados Unidos e da França, e posiciona o país como um dos destaques entre as maiores economias do G20, atrás apenas da Indonésia e México. O setor de serviços foi o principal responsável pelo crescimento, com destaque para atividades como informação e comunicação, além de serviços financeiros. A indústria também teve um desempenho positivo, embora o setor agropecuário tenha apresentado uma queda de 0,9%.
Em comparação com o mesmo período de 2023, o PIB brasileiro cresceu 4%, impulsionado pela recuperação no consumo interno, especialmente no setor de serviços e indústria. A boa performance foi alimentada pela expansão fiscal, aumento do crédito e queda da taxa de desemprego, que atingiu o menor nível histórico de 6,2%. Esses fatores contribuíram para um cenário de renda mais alta e crescimento consistente do mercado de trabalho. Apesar dos bons números, a inflação continua a ser uma preocupação, atingindo 4,77% nos últimos 12 meses, com pressões sobre alimentos e energia.
O desempenho do Brasil é observado com otimismo por analistas, que ajustaram suas projeções de crescimento para 2024 para 3,3%. No entanto, a expectativa para 2025 é de uma desaceleração para 2,4%, refletindo os desafios impostos pela inflação, as tensões geopolíticas e possíveis impactos de eventos climáticos extremos. De forma geral, o cenário global permanece misto, com economias desenvolvidas mostrando crescimento moderado, enquanto mercados emergentes, como a China e a Índia, continuam a crescer de forma mais robusta, impulsionados por investimentos no setor de tecnologia e inteligência artificial.