Parlamentares dos EUA, tanto republicanos quanto democratas, afirmam que ainda é cedo para considerar a suspensão das sanções contra a Síria, mesmo após a queda do presidente Bashar al-Assad. Segundo o senador Jim Risch, a saída de Assad não resolve a incerteza sobre o futuro do país, especialmente considerando a presença de grupos com vínculos com o terrorismo, como o Hayat Tahrir al-Sham, que liderou a derrubada do regime. Risch destacou a necessidade de cautela para observar os próximos passos dos novos líderes e como eles lidarão com questões de direitos humanos e governança.
Enquanto alguns defendem que a suspensão das sanções poderia ajudar na reconstrução do país e estimular investimentos estrangeiros, a maior parte dos legisladores insiste que o risco é elevado. A preocupação é que, sem garantias sobre a proteção de direitos básicos e sem a certeza de que os novos líderes respeitarão a diversidade religiosa e étnica, seria imprudente aliviar as restrições impostas. Além disso, os EUA precisam avaliar como os novos governantes agirão em relação à liberdade de expressão e a outros direitos fundamentais.
O debate sobre a suspensão das sanções ocorre em um momento de intensas disputas entre potências globais pela influência na Síria. Os senadores Ben Cardin e Chris Murphy, que representam diferentes comissões no Senado, reforçaram a necessidade de cautela, enfatizando que os Estados Unidos devem observar a transição política e a postura dos novos governantes antes de qualquer mudança significativa na política de sanções.