Em um dia marcado por tensões no mercado financeiro, o dólar comercial subiu, fechando a sexta-feira (13) a R$ 6,035, com alta de 0,43%. O Banco Central interveio no câmbio pela segunda vez em dois dias, vendendo US$ 845 milhões das reservas internacionais, mas o valor da moeda permaneceu acima de R$ 6, apesar da desaceleração na parte da tarde. A cotação chegou a abrir em baixa, mas se recuperou ao longo da manhã, refletindo incertezas tanto no cenário externo quanto no interno.
O mercado de ações também enfrentou dificuldades, com o índice Ibovespa registrando uma queda de 1,13%, fechando aos 124.612 pontos, o menor nível em duas semanas. Fatores globais, como a valorização do dólar frente ao ouro, influenciaram negativamente os mercados, mas as tensões políticas no Brasil tiveram um impacto ainda mais significativo, especialmente relacionadas ao processo de aprovação de um pacote de cortes de gastos do governo.
A incerteza em torno da possível desidratação do pacote no Congresso gerou preocupações no mercado, sobretudo devido ao fato de que a votação está vinculada à liberação de emendas parlamentares, com o tempo se esgotando antes do recesso parlamentar, previsto para o fim da próxima semana. Esse contexto contribuiu para um clima de pessimismo nos investidores, refletido nas quedas tanto da bolsa quanto na pressão sobre o câmbio.