O dólar se valorizou em relação à maioria das moedas, impulsionado pela divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos, que evidenciou um mercado de trabalho sólido em novembro, apesar da fraqueza momentânea observada em outubro devido a fatores como furacões e greves. O índice DXY, que mede a moeda americana frente a uma cesta de outras moedas fortes, fechou com alta de 0,32%, refletindo a expectativa de um possível corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda em dezembro. O mercado também seguiu atento ao cenário político europeu, aguardando novidades sobre o sucessor do primeiro-ministro francês após sua renúncia.
O euro enfrentou pressões com a expectativa de que o enfraquecimento da liderança política na França e o baixo crescimento econômico na zona do euro possam afetar negativamente a moeda. Instituições financeiras, como o Rabobank, indicaram que há chances de uma queda ainda maior do euro em relação ao dólar, com possibilidade de paridade nos próximos seis meses. Já o iene japonês teve uma leve valorização diante das crescentes expectativas de um aumento nas taxas de juros pelo Banco do Japão, após dados econômicos que sugerem uma trajetória menos volátil para o crescimento salarial no país.
No contexto da economia argentina, o dólar paralelo, conhecido como “blue”, continuou a cair, aproximando-se cada vez mais da cotação oficial do dólar. A diferença, conhecida como “brecha”, atingiu seu menor nível em sete anos, com a cotação do blue sendo apenas ligeiramente superior à do dólar Banco Nación. Esse movimento reflete uma possível normalização no mercado cambial argentino, que vinha enfrentando uma grande disparidade nas cotações de suas moedas.