O dólar se valorizou frente à maioria das moedas nesta sessão, com destaque para o payroll de novembro nos Estados Unidos, que revelou um mercado de trabalho sólido, mas sem alterar as expectativas de um possível alívio na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro. O euro, por sua vez, ficou à espera da definição do sucessor do primeiro-ministro Michel Barnier, após sua renúncia. O iene teve uma leve alta devido à expectativa de elevação das taxas pelo Banco do Japão (BoJ) no próximo mês.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,32%, atingindo 106,055 pontos. No mercado cambial, o dólar recuou para 150,01 ienes, enquanto a libra caiu para US$ 1,2740 e o euro foi cotado a US$ 1,0563. Nos Estados Unidos, os dados de novembro indicaram uma recuperação do mercado de trabalho após os efeitos temporários dos furacões e da greve no mês anterior, impulsionando as expectativas de um novo corte de juros pelo Fed.
Na França, a saída de Barnier do governo já era prevista, e houve otimismo com declarações de autoridades políticas, sugerindo um possível compromisso político. O Rabobank, no entanto, vê riscos de uma queda maior no euro devido à fraqueza política e ao baixo crescimento econômico em países-chave como França e Alemanha. No Japão, a expectativa de aumento das taxas pelo BoJ aumentou para quase 65%, após dados abaixo das previsões sobre o crescimento salarial. Já na Argentina, o dólar paralelo, conhecido como blue, caiu por mais uma sessão, reduzindo a diferença para a cotação oficial, que alcançou o menor nível em sete anos.