O dólar à vista registrou uma queda moderada no mercado brasileiro nesta terça-feira (10), apesar de um movimento contrário no exterior, onde a moeda americana seguia em alta. O real se destacou entre as divisas emergentes e de países exportadores de commodities, acompanhando uma valorização do peso mexicano. Operadores de mercado indicam que a desvalorização do dólar no Brasil foi influenciada por um alívio nas tensões fiscais, com expectativas de medidas positivas para o controle de gastos públicos.
Parte dessa recuperação da moeda brasileira também foi atribuída a especulações sobre a não candidatura do presidente à reeleição em 2026. A perspectiva de uma possível vitória de um candidato alinhado com agendas econômicas mais conservadoras, como a redução de gastos, contribuiu para a melhora no humor do mercado. A situação do presidente, que passou por uma cirurgia de emergência, também afetou o clima político e econômico, mas a equipe médica garantiu que ele se recupera bem e não deverá sofrer sequelas.
O mercado também reagiu a sinais de avanço na aprovação do pacote de ajuste fiscal, com o presidente da Câmara indicando que há possibilidade de destravar as negociações sobre a execução de emendas parlamentares. Embora o dólar tenha iniciado a sessão com uma queda expressiva, a moeda americana reduziu parte das perdas ao longo do dia. O aumento das tensões externas, com a valorização do dólar no mercado global e expectativas sobre a inflação nos Estados Unidos, também influenciou o comportamento cambial local.