O dólar recuou ligeiramente frente à maioria das principais moedas, refletindo as incertezas políticas e geopolíticas globais. No cenário europeu, a turbulência política na França e a expectativa de uma votação de confiança contra o primeiro-ministro Michel Barnier, em meio a impasses orçamentários, impactaram os mercados. No Japão, o iene se beneficiou da busca por ativos mais seguros, após a declaração de lei marcial na Coreia do Sul. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas, fechou com queda de 0,08%, a 106,365 pontos.
As expectativas dos investidores estão voltadas para os próximos dados econômicos dos EUA, com especial atenção para o relatório de empregos de novembro e os números do índice de serviços ISM. Para o Commerzbank, esses dados devem confirmar um mercado de trabalho ainda robusto, o que pode desestimular uma expectativa de enfraquecimento do dólar no curto prazo. A instituição ainda prevê que a pressão para cortar as taxas de juros do Federal Reserve não deve se materializar rapidamente, dado o cenário de crescimento no mercado de trabalho.
Na Ásia, o yuan caiu para o menor nível em um ano, impactado pela incerteza sobre tarifas comerciais nos Estados Unidos e pelas expectativas de políticas monetárias mais frouxas por parte do governo chinês. O movimento ocorre em meio a um cenário de enfraquecimento da moeda, que não conseguiu se beneficiar das apostas por mais estímulos econômicos na China. No Brasil, o dólar paralelo (dólar blue) na Argentina apresentou queda, com a cotação abaixo de 1100 pesos pela primeira vez em sete meses, o que reduz a diferença entre as cotações oficial e paralela.