O dólar registrou movimentação mista frente às principais moedas globais em uma semana de poucos eventos econômicos relevantes. Frente ao euro e ao iene, a moeda americana teve variações modestas, com os investidores já demonstrando tendência de vender dólares no final do ano. Analistas sugerem que, se o euro romper resistências gráficas, pode alcançar níveis mais altos, enquanto a libra esterlina também apresenta potencial de valorização moderada nos próximos dias.
Entre emergentes, o rublo russo sofreu uma forte desvalorização superior a 5%, em meio a declarações do Banco Central da Rússia sobre a retirada de apoios cambiais em 2025 e o aumento da volatilidade decorrente de possíveis sanções adicionais dos Estados Unidos. Na Ásia, o won sul-coreano atingiu o menor nível em 15 anos devido a incertezas políticas no país, embora intervenções governamentais tenham amenizado parcialmente a desvalorização da moeda.
Na América Latina, o dólar paralelo na Argentina, conhecido como “blue”, voltou a subir, alcançando sua maior cotação em dois meses. A combinação de redução na taxa de juros pelo Banco Central e a sazonalidade de fim de ano, com maior envio de divisas ao exterior, foi apontada como fator de pressão no câmbio. A cotação reflete os desafios econômicos enfrentados pelo país, com impactos significativos no mercado de moedas locais.