O dólar teve alta nesta terça-feira (24), acompanhando o otimismo no mercado financeiro dos Estados Unidos, que se refletiu nos ganhos das ações em Wall Street. Em um dia de liquidez reduzida devido ao feriado de Natal, o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de moedas fortes, subiu 0,20%, fechando aos 108,257 pontos. O dólar se apreciou frente ao iene, mas teve uma leve desvalorização em relação à libra e ao euro, que recuaram a US$ 1,2535 e US$ 1,0392, respectivamente.
O Morgan Stanley apontou que as perspectivas para o euro em 2025 são pouco otimistas, dado o cenário econômico negativo para a zona do euro, mas observou que expectativas baixas podem permitir surpresas positivas, especialmente se o consumo privado ajudar a impulsionar o crescimento. Em contraste, o banco não acredita em um enfraquecimento do dólar em função de tarifas, destacando que a economia americana ainda é vista com otimismo por muitos analistas. O índice do dólar subiu quase 7% em 2024, o que contribuiu para a queda da libra esterlina, que perdeu sua posição como a moeda de melhor desempenho no G-10, superada pelo dólar.
A libra esterlina, embora tenha se valorizado 4,5% frente ao euro neste ano, sofreu queda de 1,6% frente ao dólar, após um movimento especulativo de compra da moeda britânica ter sido revertido. A recente manutenção das taxas de juros pelo Banco da Inglaterra (BOE), com uma votação que surpreendeu o mercado, também influenciou o comportamento da moeda. A libra alcançou o maior nível em dois anos e meio em relação ao euro, devido às expectativas de uma inflação mais alta, mas a tendência de queda frente ao dólar demonstra os desafios da moeda britânica no cenário atual.