Após três dias consecutivos de queda, o dólar voltou a subir no mercado brasileiro nesta sexta-feira (6), alcançando o maior valor nominal de fechamento da história do real. O aumento da moeda foi impulsionado tanto por ajustes relacionados à incerteza fiscal interna, com receios sobre a diminuição do pacote de contenção de gastos no Congresso, quanto pela valorização do dólar no mercado global e a queda de commodities, como o petróleo e o minério de ferro.
O relatório de emprego nos Estados Unidos de novembro trouxe dados mistos: a geração de vagas foi superior ao esperado, mas a taxa de desemprego aumentou. Além disso, o índice de confiança do consumidor norte-americano superou as expectativas no início de dezembro. Apesar disso, analistas indicam que há expectativas de um afrouxamento monetário moderado por parte do Federal Reserve em 2025, com um possível corte de 25 pontos-base ainda neste mês.
No mercado externo, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas fortes, registrou ganhos expressivos, especialmente em relação ao euro. A perspectiva de cortes maiores nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu tem levado analistas a prever um enfraquecimento da moeda europeia. Entre as moedas de mercados emergentes e exportadores de commodities, o real apresentou as maiores perdas.