Dois homens detidos sob suspeita de envolvimento no assassinato de um empresário em Guarulhos, São Paulo, foram soltos após uma audiência de custódia realizada no sábado (7/12). A decisão de libertação foi tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que apontou irregularidades no processo de prisão. Na sexta-feira (6/12), os suspeitos, um estudante de Direito e seu tio, foram presos por policiais militares da Rota com munições de fuzil em seus veículos. A prisão, inicialmente celebrada pelo governador, foi contestada pela defesa, que alegou falhas no procedimento policial.
Segundo a defesa, a prisão ocorreu após uma denúncia anônima que relacionava os suspeitos ao crime, e as buscas realizadas em seus veículos e na casa de um deles resultaram na apreensão de munições. No entanto, a juíza responsável pela audiência de custódia destacou que não havia evidências claras ligando os objetos apreendidos aos acusados. O juiz também questionou a legalidade da busca no veículo e na residência sem mandado judicial, além de não encontrar elementos suficientes para justificar o envolvimento dos detidos no assassinato.
A acusação contra os dois envolve porte ilegal de munições, mas a defesa sustentou que os objetos não pertenciam a eles e que não havia conexão com o crime em questão. A audiência de custódia, realizada após menos de 24 horas de detenção, resultou na liberação dos homens, que negaram envolvimento no assassinato. A decisão gerou controvérsia, uma vez que a prisão foi amplamente divulgada como parte das investigações sobre o homicídio, que ainda segue em apuração.