Dois homens que haviam sido presos sob suspeita de envolvimento no assassinato de um empresário em Guarulhos, São Paulo, foram soltos menos de 24 horas após sua detenção. A decisão foi tomada após audiência de custódia, onde a juíza responsável identificou irregularidades no processo de prisão, como a falta de evidências que conectassem os acusados aos crimes que estavam sendo investigados. A prisão, realizada pela polícia militar, estava relacionada à apreensão de munições em poder dos suspeitos, mas a defesa alegou que não havia provas que confirmassem a posse das armas ou a relação com o assassinato.
A operação teve início quando a polícia recebeu uma denúncia anônima sobre a possível participação de um dos detidos no homicídio. Durante a busca em sua residência, foram encontradas munições e armas, mas a defesa questionou a legalidade da abordagem, afirmando que a busca no veículo e a prisão sem mandado foram irregulares. A polícia afirmou que a busca foi autorizada por um dos acusados, mas a juíza destacou a falta de conexão direta entre os objetos encontrados e os envolvidos, além da ausência de mandado de busca e apreensão.
A audiência de custódia revelou que, embora os suspeitos tenham sido levados para a delegacia e autuados por porte ilegal de munição, não havia elementos suficientes para justificar a manutenção da prisão. Após a soltura, a defesa ressaltou que ambos negaram qualquer envolvimento no assassinato, com os acusados afirmando que não sabiam da origem das munições encontradas. A decisão do tribunal reflete uma análise detalhada das circunstâncias da prisão e do procedimento adotado pelas autoridades policiais.