O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) identificou a necessidade urgente de restaurar a ponte que liga o Tocantins ao Maranhão, destacando problemas estruturais graves como vibrações excessivas, fissuras e falhas no concreto. Um relatório técnico de 2020 já apontava a condição precária da estrutura, com níveis de conservação classificados como críticos, o que indicava a gravidade da situação. Embora a ponte tenha passado por serviços de manutenção entre 2021 e 2023, o Dnit admitiu que a situação exigia uma intervenção mais profunda, como demonstrado pela licitação de maio de 2024 para restaurar a obra, que foi posteriormente cancelada devido à falta de requisitos técnicos por parte das empresas participantes.
O desabamento da ponte gerou grande preocupação e resultou em uma investigação para apurar as causas e responsabilidades. A inspeção de 2020 havia classificado a estabilidade da ponte como “sofriendo”, o que corresponde a um nível de risco elevado segundo o sistema de gestão do Dnit. Apesar dos relatórios alertando para a fragilidade da infraestrutura, o Dnit esclareceu que a nota 2 na escala de segurança não indicava a necessidade imediata de interdição, mas sim a prioridade para intervenções em outras estruturas com problemas mais graves. A situação reforça a crítica de especialistas em segurança e gestão, que apontam falhas na fiscalização e na tomada de decisões sobre a manutenção das vias.
A tragédia revelou o impacto direto sobre a região, que depende da ponte para o transporte de produção agrícola e outros serviços. A interrupção das operações afetou ainda mais as condições econômicas locais. Especialistas destacam que a falta de um plano de ação eficiente para corrigir os problemas estruturais antes do colapso reflete falhas de gestão, enquanto o Dnit continua a investigar as causas do incidente e planeja novas ações emergenciais para garantir a segurança e integridade das infraestruturas de transporte.