O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) administra cerca de 5,2 mil km de rodovias em Minas Gerais e tem investido em equipamentos de fiscalização de velocidade nas vias. Atualmente, o estado possui 77 dispositivos de controle de velocidade em rodovias sob a gestão do Dnit, com maior concentração em Uberlândia e na BR-381, que conta com 26 radares. No entanto, a tragédia recente na BR-116, em Teófilo Otoni, que resultou na morte de mais de 30 pessoas, destacou a lacuna na fiscalização em algumas áreas. O trecho onde ocorreu o acidente, que envolveu um ônibus e uma carreta, tinha um radar que foi removido recentemente, e o mais próximo disponível estava a mais de 300 km de distância.
A remoção dos radares foi parte de um processo de transição após o término do contrato de controle de velocidade, e o Dnit informou que uma nova empresa foi contratada para a instalação de novos dispositivos, com expectativa de operação para o início de 2025. No entanto, a instalação dos equipamentos ainda depende de estudos de viabilidade, aprovação técnica e a aferição pelo Inmetro, o que pode prolongar o prazo para sua ativação. Esses radares são considerados uma medida importante para a segurança nas estradas, mas a falta de fiscalização em algumas áreas tem gerado preocupação.
O acidente fatal ocorreu quando um ônibus que viajava de São Paulo para a Bahia colidiu com uma carreta na BR-116. O incidente resultou em 38 mortes entre os 45 ocupantes do ônibus. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, com relatos indicando que um bloco de granito se soltou da carreta, atingindo o veículo. O Dnit, juntamente com outras autoridades, segue trabalhando para melhorar a segurança nas rodovias estaduais e federais, a fim de evitar tragédias semelhantes no futuro.