A diversificação internacional tem sido um grande desafio para os assessores de investimentos brasileiros, que lidam com a tendência dos clientes em preferir ativos locais. No entanto, uma estratégia para alcançar essa diversificação é investir em empresas nacionais, especialmente aquelas ligadas a commodities, como a Vale. Essas empresas possuem uma exposição indireta ao mercado internacional, permitindo que o investidor amplie sua carteira sem precisar sair do Brasil. A Vale, por exemplo, gera grande parte de sua receita com atividades no exterior, o que representa uma oportunidade para quem busca diversificação internacional sem mudar de mercado.
Porém, essa abordagem exige atenção redobrada. O investidor precisa ficar atento aos fatores externos que podem impactar os resultados de suas escolhas. Um exemplo disso é o impacto da queda na demanda por minério de ferro, que pode afetar diretamente o desempenho das empresas que dependem dessa commodity. Apesar dos desafios, muitas empresas brasileiras têm uma presença significativa no mercado global, o que pode ser vantajoso para quem deseja aumentar a exposição a ativos internacionais de forma indireta.
No entanto, nem todas as empresas seguem a mesma dinâmica. O caso da Petrobras é peculiar, pois, embora também tenha operações internacionais, a maior parte de sua receita vem do mercado interno. Quando comparada com a Vale, a Petrobras apresenta características distintas, o que deve ser considerado na hora de avaliar a exposição internacional de cada ativo. Um estudo recente do J.P. Morgan revela que 98% dos investimentos dos brasileiros estão concentrados em ativos locais, evidenciando o desafio e a oportunidade de diversificar para mercados globais sem sair do país.