Uma ofensiva rápida lançada por rebeldes sírios derrubou a longa e violenta ditadura que governava o país. Em pouco mais de uma semana, o grupo rebelde Hayat Tharir al-Sham (HTS) avançou pelas principais cidades, culminando na queda de Damasco e a fuga do líder do regime, que renunciou antes de deixar o país. A situação desencadeou comemorações tanto dentro da Síria, onde manifestantes celebraram nas ruas, quanto em países vizinhos, como o Líbano, que abriga um grande número de refugiados sírios. A saída de Assad marca o fim de um ciclo de décadas de controle autoritário e repressivo.
Enquanto o novo cenário se desenha, representantes do regime, incluindo o primeiro-ministro, indicaram que estão buscando uma transição pacífica com a oposição, com a promessa de construir uma nova união nacional. No entanto, o destino do ex-presidente permanece incerto, e os grupos rebeldes agora assumem o controle das principais cidades, incluindo Aleppo, Homs e Deir Al-Zour. A Rússia, o Irã e o Hezbollah, aliados do governo, não intervieram decisivamente, deixando Assad ainda mais vulnerável.
Internacionalmente, a reação foi de cauteloso otimismo. Os Estados Unidos, por meio de uma declaração do presidente Joe Biden, acompanharam de perto os eventos, enquanto a ONU expressou esperança pela abertura de um novo capítulo para a Síria, apelando à unidade nacional e ao respeito pelos direitos humanos. As autoridades internacionais, no entanto, ressaltaram a necessidade de diálogo para garantir a paz e a estabilidade na região, após anos de guerra civil.