A prática de disputas com armas de gel tem se espalhado entre jovens de bairros de Natal, especialmente nas zonas Leste e Oeste. As armas, que disparam bolinhas de silicone, são usadas em áreas públicas, criando preocupações quanto à segurança. A popularização desses confrontos gerou alertas das autoridades locais, que temem tanto os riscos físicos da atividade — como ferimentos em locais sensíveis, como os olhos — quanto a confusão que essas armas podem causar durante abordagens policiais. A Polícia Militar já realizou apreensões e intensificado o monitoramento das regiões com o uso de drones.
Embora as armas de gel não sejam letais, o uso em espaços públicos pode ser arriscado e causar incidentes, como acidentes e até mal-entendidos com a polícia. O comandante da Polícia Militar, Coronel Alarico Azevedo, enfatizou os perigos da brincadeira e a necessidade de ela ser restrita a ambientes controlados e fechados, como recomendam as lojas especializadas. A preocupação com a segurança dos moradores também tem aumentado, com relatos de medo de ser atingido pelas bolinhas de silicone, principalmente entre pessoas mais vulneráveis.
A prática tem sido vista, por algumas autoridades, como uma forma de incitação a comportamentos violentos, especialmente porque ocorre em áreas públicas e envolve disputas entre bairros. A polícia e a comunidade têm reforçado o alerta sobre os riscos dessa prática, com orientações para que pais conversem com seus filhos sobre os perigos e a importância de se evitar a participação nessas brincadeiras. A população também tem sido incentivada a denunciar a prática para ajudar na contenção dos conflitos.