A Netflix, há anos consolidada como o principal destino para especiais de stand-up, tem sido alvo de críticas de comediantes, que apontam problemas como a saturação do mercado, a falta de transparência nos dados de audiência e a promoção desigual entre comediantes famosos e novos talentos. A plataforma também enfrenta acusações de pagar menos para mulheres e de não adotar uma curadoria eficaz. Em meio a essas críticas, surge um novo competidor que promete desafiar a liderança da Netflix: o Hulu, serviço de streaming da Disney.
O Hulu começou a investir pesado no mercado de stand-up, anunciando uma programação com mais de uma dúzia de especiais para os próximos meses, com nomes de peso como Bill Burr e Sebastian Maniscalco, além de novos talentos como Ralph Barbosa. Diferentemente da abordagem da Netflix, que prioriza a quantidade, o Hulu aposta em uma curadoria mais focada e no marketing estratégico da Disney para promover os lançamentos. O objetivo da plataforma é lançar um especial por mês, tratando cada um como um evento de grande porte.
Apesar de ser um competidor promissor, o Hulu enfrenta desafios, como a dificuldade em mudar os hábitos do público e o ceticismo sobre a combinação entre a marca Disney e o tom muitas vezes polêmico da comédia stand-up. A plataforma, no entanto, promete um formato de curadoria que se distancia da produção em massa da Netflix e visa atrair um público mais amplo sem recorrer a polêmicas gratuitas. Esse movimento representa a primeira tentativa significativa de concorrência real à Netflix no mercado de stand-up, que dominava a cena desde a popularização do gênero nos últimos anos.