A proposta de reajuste nas contribuições dos servidores públicos para o Instituto dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) está em fase final de tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O projeto busca aumentar a arrecadação, permitindo melhorias nos serviços de saúde do instituto, que atende cerca de 820 mil servidores. Entre as mudanças, destacam-se o aumento do piso e do teto das contribuições, a criação de uma alíquota adicional para servidores com mais de 59 anos e a venda de imóveis do Ipsemg. O governo projeta um incremento de R$ 740 milhões com a medida.
A proposta tem gerado polêmica, com opositores criticando especialmente o impacto sobre servidores de menor renda e aposentados. A falta de diálogo com os trabalhadores e as altas taxas de contribuição para categorias específicas são apontadas como principais pontos de resistência. Além disso, a oposição questiona a forma de cálculo do teto de contribuição, a taxação de dependentes e a venda de imóveis, sugerindo que a arrecadação não justifica essa medida. Alguns parlamentares do governo se mostram abertos a ajustes, mas destacam a necessidade de recursos para resolver problemas estruturais do Ipsemg.
O texto já foi aprovado em primeiro turno, e sua aprovação final depende de mais discussões na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, com possíveis obstruções pela oposição. A expectativa é que a votação no Plenário ocorra ainda nesta semana, embora se preveja um atraso devido a estratégias de obstrução. O debate sobre a proposta continua sendo um tema central na ALMG, com a negociação entre as partes ainda em andamento para tentar encontrar um consenso que atenda tanto ao governo quanto aos servidores e sindicatos envolvidos.