Durante um julgamento sobre a responsabilidade das redes sociais na propagação de discursos de ódio e violência, autoridades destacaram a urgência de ações concretas para mitigar os danos causados, especialmente entre os jovens. O ministro Alexandre de Moraes enfatizou que a autorregulação das plataformas falhou e defendeu a necessidade de proteger a dignidade humana e o Estado de Direito, considerando o discurso de ódio e a violência como um problema global.
Moraes apontou que, além de afetar a honra das pessoas, esses discursos podem ameaçar as bases democráticas. A crítica à falta de eficácia da autorregulação das redes sociais foi acompanhada pela defesa de medidas que preservem tanto os direitos individuais quanto a ordem democrática. Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, destacou o contexto da violência digital e o impacto direto que essa realidade tem sobre a vida dos adolescentes.
Dino mencionou o ataque a uma escola em Blumenau, ocorrido em abril de 2023, como um exemplo alarmante do vínculo entre ameaças virtuais e violência física. Ele relatou que, no período pós-ataque, foram registradas mais de oito mil denúncias de violência contra escolas, em sua maioria associadas à circulação de ameaças na internet. Segundo Dino, as crianças e adolescentes são atualmente os mais vulneráveis a esses tipos de agressão.