Os principais diplomatas dos Estados Unidos viajarão a Damasco para realizar as primeiras reuniões presenciais com os novos governantes da Síria, liderados pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), após a queda do regime de Bashar al-Assad. A visita tem como objetivo avaliar como o HTS, um antigo afiliado da Al Qaeda, planeja administrar o país. As autoridades americanas discutiram com representantes do grupo princípios como inclusão e respeito aos direitos das minorias, com foco na transição política da Síria. A visita também tem como finalidade abordar a situação de cidadãos americanos desaparecidos no país, incluindo o jornalista Austin Tice, sequestrado em 2012.
As reuniões dos diplomatas dos EUA com o HTS ocorrem em um momento em que potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, começam a explorar a possibilidade de remover a designação de “terrorista” do grupo e avaliar a postura do novo governo sírio. Durante sua visita, a delegação americana se reunirá com diferentes representantes da sociedade civil síria para entender suas perspectivas sobre o futuro do país e discutir como os Estados Unidos podem apoiar esses esforços. Além disso, a diplomacia dos EUA está se expandindo para incluir contatos com países como França e Reino Unido.
Enquanto isso, manifestações em Damasco demonstram a preocupação da população com o futuro político da Síria. Centenas de sírios se reuniram para exigir um estado democrático e secular, defendendo direitos iguais para as mulheres e alertando contra a possibilidade de um governo islâmico rigoroso. A apreensão sobre o rumo do novo governo é visível, especialmente entre aqueles que temem a exclusão das mulheres e das minorias. A situação permanece incerta, mas os diálogos em andamento podem definir os rumos da política síria após a queda de Assad.