Diplomatas norte-americanos realizaram a primeira missão oficial a Damasco desde o colapso do governo de Bashar al-Assad, encontrando-se com representantes do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que atualmente comanda a Síria. A reunião, ocorrida na sexta-feira (20), teve como foco a transição política do país, com os EUA destacando a necessidade de um processo inclusivo e respeitoso aos direitos das minorias. Durante os encontros, foram abordados também desafios regionais, incluindo a luta contra o Estado Islâmico.
Os Estados Unidos, junto com outras potências ocidentais, têm observado o papel crescente do HTS no cenário sírio, especialmente após a queda do regime de Assad, mas permanecem com incertezas sobre o futuro político do país. O governo dos EUA, junto a aliados como França e Reino Unido, está considerando a possibilidade de reavaliar a classificação do grupo como organização terrorista, embora o futuro da Síria ainda seja um terreno de complexas negociações.
Além de discutir o futuro político da Síria, a delegação norte-americana aproveitou a viagem para tentar obter informações sobre cidadãos americanos desaparecidos no país, como o jornalista Austin Tice, sequestrado em 2012. Os Estados Unidos interromperam suas relações diplomáticas com a Síria em 2012, e o retorno à Damasco representa uma mudança significativa na estratégia diplomática do país em relação à crise síria.