Uma delegação de diplomatas dos Estados Unidos chegou à Síria nesta sexta-feira, 20, marcando a primeira visita oficial de representantes norte-americanos ao país em mais de dez anos, desde o fechamento da embaixada dos EUA em Damasco, em 2012. O grupo inclui a assistente de Estado para Assuntos do Oriente Médio, Barbara Leaf, o ex-enviado especial para a Síria, Daniel Rubinstein, e o enviado para negociações de reféns, Roger Carstens. A visita tem como objetivo estabelecer diálogos com os novos líderes sírios e discutir o futuro da nação, além de explorar formas de apoio dos EUA ao povo sírio, incluindo membros da sociedade civil e ativistas.
Um dos pontos centrais da missão é obter informações sobre o paradeiro do jornalista americano Austin Tice, que desapareceu na Síria em 2012. De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, os diplomatas também irão se reunir com diversas vozes sírias para entender suas perspectivas sobre a reconstrução do país. Embora o grupo se envolva com autoridades locais, as discussões não resultarão na reabertura imediata da embaixada dos EUA, que continua sob a proteção do governo checo, enquanto a posição diplomática dos Estados Unidos será definida dependendo das intenções dos novos líderes sírios.
A visita ocorre em um contexto de crescente complexidade no país, incluindo a presença de grupos rebeldes, como o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), designado como organização terrorista pelos EUA. Embora haja sanções relacionadas a essa designação, autoridades americanas confirmaram que não há restrição para conversas com membros desse grupo. A visita reflete a tentativa dos EUA de reengajar com a Síria após um longo período de afastamento e busca por soluções para questões humanitárias e de segurança na região.