O presidente destituído da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enfrenta uma série de investigações judiciais após sua tentativa de impor uma lei marcial, o que levou ao seu impeachment pelo Parlamento no último sábado. Yoon, que está proibido de deixar o país, é acusado de insurreição e abuso de poder. Ele se recusou a atender às intimações judiciais, o que pode resultar em mandados de prisão. A decisão de enviar tropas ao Parlamento para tentar impedir uma votação gerou intensas manifestações e uma grave crise política na Coreia do Sul.
A crise se intensificou com a resposta do governo e a mobilização de centenas de milhares de manifestantes que apoiaram o impeachment de Yoon. A Assembleia Nacional aprovou sua destituição com o apoio de parlamentares da oposição e do governo, após um confronto de forças políticas em torno da gestão do orçamento e da segurança nacional. Yoon havia justificado a medida como uma forma de proteger o país das ameaças externas, mas sua tentativa de instaurar a lei marcial foi prontamente rejeitada pelo Legislativo.
Agora, a Corte Constitucional da Coreia do Sul tem seis meses para decidir se valida ou não o impeachment. Caso a decisão seja confirmada, novas eleições serão convocadas em até dois meses. A situação também gerou repercussões internacionais, com reações do governo dos Estados Unidos, que expressou apoio à democracia sul-coreana e à estabilidade da aliança entre os dois países. O primeiro-ministro Han Duck-soo assumiu a presidência interina, prometendo governar com estabilidade enquanto o país tenta superar a crise política.