Após o desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou a revisão das diretrizes de monitoramento e fiscalização das pontes federais no Brasil. Entre as mudanças, destaca-se a diminuição do intervalo entre as inspeções, que atualmente são realizadas a cada ano e meio. O Dnit também implantou um sistema para centralizar informações sobre as condições das pontes em todo o país. Apesar do colapso, a ponte não apresentava registros de problemas significativos, embora estivesse classificada na categoria 2, indicando uma condição ruim.
O Dnit formou uma comissão para investigar as causas do acidente, com prazo de 120 dias para a conclusão dos trabalhos. De acordo com a instituição, a estrutura da ponte deveria ter sido classificada na categoria 1, a mais crítica. Um levantamento recente revelou que 12,5% das pontes federais estão em condições consideradas ruins ou críticas, o que reforça a necessidade de uma revisão nos protocolos de segurança e monitoramento.
O desabamento resultou em pelo menos quatro mortes confirmadas e 13 desaparecidos, além de um impacto ambiental significativo. A Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) relatou que 76 toneladas de ácido sulfúrico foram liberadas no rio Tocantins, aumentando as preocupações sobre a contaminação da região. O incidente, além das tragédias humanas, levanta questões sobre a segurança das infraestruturas de transporte e o gerenciamento ambiental no Brasil.