No domingo (22), a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, desabou, resultando na queda de pelo menos dez veículos no rio Tocantins, incluindo caminhões com cargas de produtos químicos perigosos. O acidente deixou quatro mortes confirmadas e 13 pessoas desaparecidas. As buscas pelos desaparecidos foram retomadas na quarta-feira (25), com a mobilização de cerca de 90 pessoas, incluindo bombeiros, Marinha e outros órgãos de segurança. O uso de equipamentos como o SideScan Sonar e um drone subaquático da Polícia Federal está sendo crucial para a localização dos veículos submersos.
Além das vítimas fatais, a tragédia gerou preocupações com a possível contaminação do rio. Cargas de ácido sulfúrico e agrotóxicos caíram na água, e amostras estão sendo analisadas por autoridades ambientais. O governo do Maranhão orientou a população a não utilizar a água do rio para consumo, enquanto o Ministério Público Federal investiga os danos ambientais. A situação é preocupante, pois mais de 70 toneladas de ácido e 22 mil litros de defensivos agrícolas caíram no rio, podendo afetar até 18 cidades da região.
O governo federal, em resposta ao desastre, decretou emergência para a reconstrução da ponte, que estava em más condições antes do colapso. O ministro dos Transportes anunciou investimentos de R$ 100 milhões para as obras, com previsão de entrega da nova estrutura em 2025. A causa do desabamento ainda está sendo investigada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), enquanto as autoridades tentam garantir a segurança da população e a restauração da infraestrutura essencial para a região.