O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada na BR-226, que liga os estados do Tocantins e Maranhão, resultou em mortes, desaparecimentos e danos significativos. A estrutura, inaugurada na década de 1960, foi alvo de inspeções regulares e reparos ao longo dos anos. Em 2019, um estudo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) indicava a necessidade de manutenção devido a fissuras, danos nas vigas e problemas nas fundações. Apesar disso, o DNIT classificou a ponte com nota 2, sugerindo priorização para intervenções, mas sem indicar interdição imediata.
A tragédia aconteceu no domingo, 22 de dezembro, quando a ponte cedeu, deixando ao menos 11 pessoas desaparecidas e seis corpos encontrados até o dia 25. A queda afetou diversos veículos, incluindo carretas com cargas perigosas, como ácido sulfúrico e agrotóxicos, o que gerou preocupações sobre a contaminação do Rio Tocantins. Embora o DNIT tenha iniciado um processo de licitação para a reabilitação da estrutura em 2024, o edital fracassou, pois nenhuma empresa foi habilitada para realizar os reparos necessários.
Em resposta ao colapso, o governo decretou situação de emergência e anunciou a reconstrução da ponte em um prazo de até um ano, com um investimento estimado entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões. Além disso, foi instaurado um processo administrativo para investigar as causas do acidente, enquanto um instituto externo será contratado para analisar as falhas técnicas que levaram ao colapso. A tragédia trouxe à tona a urgência de reformas em infraestruturas críticas que interligam regiões essenciais do Brasil.