No sábado (14), o Parlamento da Coreia do Sul aprovou o impeachment do presidente, após uma votação que reuniu 204 votos a favor, superando os 200 necessários para a aprovação da medida. Essa decisão ocorre em meio a uma crescente crise política no país, intensificada por uma polêmica lei marcial decretada pelo presidente no início de dezembro. A medida, que visava restringir direitos civis e aumentar o controle governamental, foi revogada após uma reação negativa da oposição e protestos nas ruas, o que afetou ainda mais a popularidade do presidente, que caiu para 11%.
A oposição ao governo intensificou suas ações nos últimos meses, após uma série de disputas políticas com o Partido do Poder Popular, que lidera o governo. O presidente, que assumiu o cargo em maio de 2022, enfrentou críticas tanto por sua gestão econômica quanto por acusações de corrupção. Além disso, o governo teve dificuldades em implementar suas políticas, como o controle da inflação e a redução da desigualdade social, o que contribuiu para o desgaste político e uma crescente insatisfação pública.
Com a aprovação do impeachment, o primeiro-ministro assume temporariamente o cargo, enquanto o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul terá até seis meses para decidir se confirma ou não a destituição do presidente. Caso o impeachment seja validado, uma nova eleição presidencial deverá ocorrer em até 60 dias. A situação política do país segue instável, com um cenário de polarização crescente e um governo em crise, enquanto a oposição busca consolidar sua vitória e ampliar sua influência no cenário político sul-coreano.