A deputada federal Alessandra Haber (MDB-PA) entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando sua desfiliação do partido, alegando discriminação e perseguição. Em seu primeiro mandato, foi a deputada mais votada no Pará em 2022, com 258.907 votos. Formada em medicina e especializada em dermatologia, Haber enfrenta uma série de dificuldades internas no MDB, especialmente após seu marido, Daniel Barbosa Santos (PSB), ter se distanciado do partido e vencido a reeleição como prefeito de Ananindeua.
A deputada afirma que, após a ruptura do marido com o MDB, passou a sofrer represálias, incluindo sua exclusão de reuniões partidárias e o afastamento de comissões importantes da Câmara, como a Comissão Especial sobre Acumulação de Cargo de Professor e a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Para ela, essas ações visam silenciá-la e excluí-la do processo político dentro do partido.
No Brasil, a desfiliação de um parlamentar pode resultar na perda do mandato, uma vez que a vaga pertence ao partido, e não ao eleito individualmente. No entanto, o TSE prevê exceções, como a desfiliação por justa causa, incluindo casos de discriminação ou perseguição. Alessandra Haber busca sua saída do MDB sem a perda do mandato, permitindo-lhe seguir para outro partido sem comprometer sua posição política.