Fábio Ochoa Vásquez, ex-membro de um dos maiores cartéis de narcotráfico da Colômbia, foi deportado dos Estados Unidos para seu país de origem após cumprir mais de 20 anos de prisão. Durante seu período na prisão, Ochoa se envolveu em projetos relacionados à geração de energia limpa, uma tentativa de reabilitação que, no entanto, não elimina as preocupações sobre sua influência no crime organizado. Ao chegar a Bogotá, ele não enfrentava pendências legais em seu país.
A deportação gerou reações divididas entre diferentes setores da sociedade colombiana. Especialistas em segurança temem que o retorno de Ochoa possa contribuir para o fortalecimento do narcotráfico, uma vez que a Colômbia segue sendo um dos maiores produtores de cocaína do mundo, com uma produção recorde em 2023, conforme relatório das Nações Unidas. O envolvimento de Ochoa com o tráfico de drogas e sua associação com atividades criminosas no passado são pontos que geram receio em algumas autoridades.
No entanto, outros defendem que ele deve ter a chance de se reintegrar à sociedade, desde que sob rigorosa vigilância. Famílias de vítimas do narcotráfico expressaram indignação com seu retorno, temendo que sua presença possa aumentar os riscos para a segurança pública. O caso evidencia as tensões entre reabilitação e os riscos associados ao histórico criminal de figuras notórias, colocando em evidência a difícil questão do controle e reintegração de ex-criminosos em um contexto de crescente violência no país.