O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, tem sido central em diversos inquéritos conduzidos pela Polícia Federal, relacionados a supostos crimes envolvendo o ex-presidente da República. Cid, que firmou um acordo de delação premiada, tem prestado depoimentos que auxiliam nas investigações sobre a falsificação de registros de vacinação, o tráfico de joias recebidas da Arábia Saudita e a alegada tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. Em seus depoimentos, ele tem afirmado ter seguido ordens superiores, e sua colaboração tem sido crucial para os desdobramentos dos casos.
No que diz respeito às joias, Cid revelou que, a pedido do ex-presidente, tomou providências para tentar regularizar a situação de itens apreendidos pela Receita Federal, incluindo uma joia avaliada em milhões de reais. Em relação ao escândalo das vacinas, o tenente-coronel confirmou a inserção de dados falsos no sistema de registros de vacinação do Ministério da Saúde, ação pela qual ele assumiu a responsabilidade, alegando ter sido uma ordem superior. Os dois casos resultaram em indiciamentos e estão em andamento com novas apurações da Procuradoria-Geral da República.
O caso do alegado plano de golpe também tem sido investigado, com Cid confirmando discussões sobre uma minuta de decreto de estado de defesa, mas negando ter conhecimento sobre um plano de golpe mais amplo. O militar foi ouvido sobre o envolvimento em planos para prejudicar autoridades, mas também negou qualquer envolvimento direto em discussões violentas. As investigações seguem em curso, e o impacto das informações fornecidas por Cid continua a influenciar a apuração dos fatos relacionados ao período pós-eleitoral.