Em novo depoimento à Polícia Federal (PF) na quinta-feira (5), o ex-ajudante de ordens de um ex-presidente afirmou não saber de nenhum plano para assassinar autoridades do governo atual. Durante o interrogatório, o tenente-coronel esclareceu que a declaração de seu advogado, que havia afirmado em entrevista que o ex-presidente estava ciente da trama, foi um erro de comunicação. O advogado corrigiu a informação, explicando que não se referia a um plano concreto, mas a um conhecimento difuso sobre os eventos.
A PF convocou o depoimento de Mauro Cid após o advogado realizar declarações públicas sugerindo que o ex-presidente tinha ciência de um golpe de Estado planejado, o que gerou novas investigações. No entanto, Cid reiterou em sua fala à PF que não sabia de qualquer intento de assassinato envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Cid, que já havia sido interrogado por mais de uma vez em relação à investigação de um suposto golpe de Estado, tem colaborado com as autoridades e, após firmar acordo de delação premiada, passou a fornecer mais informações sobre o caso. O inquérito segue em andamento, com o relatório final sendo analisado pela Procuradoria-Geral da República para a decisão sobre possíveis acusações formais.